A Banda da Polícia militar de Pernambuco fez uma live na tarde desta terça-feira (14.9), em alusão ao Dia Nacional do Frevo, inserido do calendário oficial do Brasil por ser a data de nascimento (1882) do jornalista Osvaldo da Silva Almeida, criador da palavra “Frevo”. A live foi em frente ao Quartel do Comando Geral do Derby, às 16h30, transmitida pelo canal youtube PMPE oficial.
A iniciativa da homenagem foi do comandante geral da Corporação, coronel Roberto Santana, com apoio do Ajudância Geral do Comando, na pessoa do coronel Paulo Mattos; do comandante da Companhia Independente de Música (CIMUS), major Luiz Fernando e do subcomandante e regente da Banda, capitão Mozaniel Luiz, além da Assessoria de Comunicação Social da PMPE.
O musical respeitou aos protocolos sanitários de combate à pandemia e, sob a regência do maestro Mozaniel Luiz, a Banda apresentou um repertório voltado para o frevo como Mordido, Hino do Galo, Bom Demais, Me Segura Se não Eu Caio, Vampira, Cabelo d Fogo, Tropicana, Beijando a Flora, OH! Bela, Roda e Avisa, Último Dia, Elefante de Olinda, Diabo Louro, Bicho Maluco Beleza, Juventude Dourada, É de perder os Sapatos, Trombone de Prata, Voltei Recife, Pagode Russo e Frevo Ciranda.
O final da live foi coroado com a música Divisor de Águas de autoria de José Lourenço da Silva, Capitão Zuzinha, relembrando a memória musical desse grande incentivador do ritmo genuinamente pernambucano.
Maestro capitão Zuzinha, oficial que regeu a Brigada Militar, hoje denominada Banda de Música da PMPE, continua sendo considerado no meio artístico musical, como um dos “monstros sagrados” do frevo instrumental.
Destaca-se, que no ano de 1909, o Capitão compôs a marcha “Divisor das Águas”, um ritmo acelerado e diferente das marchas anteriores, o qual se originou de primeiro frevo.
A composição ganhou o título batizado por Nelson Ferreira, sendo integrada ao repertório do disco LP “Mocambo” 10021, denominado Carnaval do Recife Antigo. Na contracapa, o historiador, advogado, jornalista e músico Mário Mello (1884-1959), em depoimento, publicou que Capitão Zuzinha era responsável pela transformação da polca-marcha em marcha-frevo no início desse século.