Há três meses, um pedido inusitado chegou às mãos do comandante do 2º Batalhão, tenente-coronel Amilcar. A coordenadora do Projeto Semeando, Mônica Vieira, pediu ao comandante que policiais militares da unidade fizessem uma visita ao projeto, localizado em Carpina, para estreitar os laços entre comunidade e polícia. O comandante foi além, convidou as crianças atendidas pelo Projeto, além de pais e voluntários para passar um dia diferente dentro do quartel, que aconteceu no último sábado (18). Foi um dia pra lá de diferente, com direito a brinquedos, presentes, almoço e guloseimas, custeado pela iniciativa pública e privada.
Além do efetivo do 2ºBatalhão, também participaram da ação o BOPE, CIPCães e Cavalaria. Foi um dia inteiro de interação e aproximação com os policiais militares. O efetivo do Corpo de Bombeiros abrilhantou ainda mais o evento, as crianças puderam interagir com os militares e um Auto Bomba Tanque. As crianças puderam conhecer todas as instalações do Batalhão, além da sala do comandante da Unidade.
Para Mônica, que é moradora da comunidade desde a adolescência, essa interação é de fundamental importância. “Isso é fundamental para o desenvolvimento da cidadania dessas crianças que vivem à margem da sociedade, com acesso restrito as políticas públicas e que estão crescendo sem expectativas de vida, crianças que não sonham, mas desde cedo convivem com o abandono, o medo e a criminalidade. E por isso trazem consigo uma visão distorcida da instituição. Diante desse fato, senti no coração o desejo de fazer algo que fosse capaz de desconstruir essa imagem”, disse a coordenadora do Projeto Semeando.
Para o tenente-coronel Amilcar, o que o moveu foi influenciar destinos. “Nosso maior objetivo foi estreitar esses os laços entre a Polícia Militar e as crianças e jovens que fazem parte do projeto. Que aquelas crianças as invés de desenvolver o medo da PM, que passassem a admirar o trabalho feito por nossa corporação e quem sabe plantar uma semente lá dentro, como ouvimos de alguns ao saírem daqui dizendo que, quandro crescerem, querem ser policiais e bombeiros, isso foi o mais gratificante”, finalizou o coronel.