A DIFÍCIL MISSÃO DE CONCILIAR A MATERNIDADE E O TRABALHO COMO PROFISSIONAL DE SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA

Após se formar em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2006 e concluir três residências no intervalo de cinco anos (cirurgia geral, videolaparoscopia e coloproctologia), a médica Carolina Araújo foi convocada, em 2011, para ingressar no curso de formação, no Quadro de Oficiais Médicos (QOM) da PMPE.

Depois de concluir o curso, que durou quatro meses, ela iniciou seu trabalho no Centro Médico Hospitalar (CMH), onde atua até hoje como capitã médica, exercendo sua função na área de cirurgia geral e de proctologia. Com o CMH, ela carrega um vínculo que vai além do profissional. “Tenho um vínculo afetivo com o hospital, pois foi aqui que eu e meus irmãos nascemos e onde meu pai, hoje coronel da reserva, atuou como dentista. Apesar das dificuldades, nosso quadro de profissionais é muito bom e muito dedicado. Aqui encontram-se pessoas extremamente competentes e comprometidas”, elogia.

Mãe de duas meninas, Beatriz, de 6 anos, e Lívia, de 5, ela se vê, como toda mãe, dividida entre a profissão e o cuidado com os filhos. “Quando a gente consegue conciliar essas duas funções de forma saudável é muito gratificante, pois não existe nada melhor do que ser realizada profissionalmente, trabalhando no que gosta, e dar atenção aos seus filhos, participando da vida deles do jeito que você pode participar”, afirma a capitã.

Na linha de frente na batalha contra o novo coronavírus, a profissional revela que as prioridades mudaram após a pandemia. Hoje, ela se vê entre o dilema de prestar assistência aos pacientes e às duas filhas “Até poucos meses era inimaginável esta situação que estamos vivenciando hoje. Mudaram muitas coisas, inclusive, nossas prioridades. A gente fica, principalmente quem está na atenção direta aos pacientes de Covid 19, em um dilema muito grande, pois queremos prestar a melhor assistência possível aos enfermos, e também não transmitir a doença para nossos familiares, sobretudo filhos pequenos. Temos que ter muita maturidade e sanidade mental para lidar com tudo isso”, diz a militar.

Ela conta que tem aproveitado o tempo de folga para exercer a maternidade em sua plenitude, dando total atenção às crianças. “Tenho brincado, assistido TV, realizado jogos educativos e também acompanhado as aulas online. As vezes a gente acha que não vai dar conta de tudo, mas meu lema hoje é ‘vamos fazer o que dá pra fazer sem muitas cobranças’. Tento aproveitar os momentos em casa para curtir a companhia delas. A gente começa a dar mais valor a esses momentos”, finaliza.

Foto: Cb Elton Camilo ASCOM PMPE – Texto: Sd Renata Martins ASCOM PMPE

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